Pilares da Vida Cristã
Damos inicio a uma série de 3 mensagens sobre os pilares da vida Cristã! Nesta ocasião falaremos sobre Fé. Espero que esta mensagem gere crescimento e curiosidade para pesquisar mais sobre o tema.
Fé, Esperança e Amor
Texto: 1 Coríntios 13.13
Introdução: fé, esperança e amor (caridade) são virtudes permanentes, na vida do cristão. Permanente, algo duradouro, algo estável, algo que permanece ao longo do tempo. Acredito que seriam estes os pilares que todo cristão deveria ter, para que seu relacionamento com Deus suporte adversidades que aparecerão ao longo da nossa trajetória cristã (Romanos 8.35-39). Trataremos destes 3 pontos e buscaremos entender a importância, de termos, intrinsecamente, fé, esperança e amor, em nossa vida.
Inicialmente trataremos da Fé. Ouvimos muito sobre o ato de ter fé, sobre a necessidade de agirmos pela fé e percebo que na maioria das vezes, ensinamos que ter fé ou agir pela fé denota sacrificar algo ou entregar algo. Penso que fé não é somente isso, mas que fé também é isso. Muitas denominações, com a intenção de arrecadar recursos, ensina sobre a necessidade de entregar aquilo que nos custa, aquilo que é o “nosso melhor”, acrescenta-se a esse ensinamento que a partir do sacrifício Deus ouve e responde. Contudo percebemos que fé, não é somente sacrificar, mas também é ter confiança absoluta em alguém. Ter fé, viver pela fé, andar por fé, requer demonstração constante da nossa confiança em Cristo (2 Coríntios 5.7; Hebreus 11.1, 6).
A fé difere do saber, porque esse se baseia na evidência dos sentidos, ao passo que a fé aceita o testemunho de outros. Por exemplo, eu nunca estive na Disney (espero que um dia eu consiga ir), mas ouvi pessoas testemunharem que aquele lugar existe e a experiencia de estar lá é magnifica. A fé esta relacionada com os três tempos: presente, passado e futuro.
- Passado: requer crença na história e nos acontecimentos antes de nós;
- Presente: requer que acreditemos nos homens e nas coisas que estão acontecendo ao nosso redor (ex.: essa ministração, a vitória do Palmeiras, etc.);
- Futuro: requer que acreditemos que certos resultados seguirão determinadas causas (ex.: uma plantação, a volta de Cristo, cura, etc.);
Além disso, podemos distinguir pelo menos quatro aspectos ou dimensões da fé religiosa. Da mais externa para a mais interna, ou seja, conduzindo a aspectos cada vez mais centrais ao ser humano, podemos caracterizá-las como:
- Fé emocional: sensação de segurança ou de confiança em uma pessoa.
- Fé intelectual: trata-se da crença. Esta é mais forte que a emocional por ser mais estável e imutável. Minha mente pode crer embora meus sentimentos estejam abalados.
- Fé volitiva (pode escolher ou decidir): é um ato da vontade humana, o ato de poder escolher ou decidir obedecer a vontade de Deus.
- Fé salvadora: tem inicio naquele centro misterioso e obscuro de nosso ser que as escrituras chamam de coração. Na bíblia esse termo não significa sentimentos ou emoções, mas o centro absoluto da alma, assim como coração, órgão, está no centro do corpo. Com o coração, assumimos a postura fundamental de dizer sim ou não a Deus, e escolhemos nossa identidade e nosso destino eterno.
Todos estes aspectos, ainda que analisados de forma independente, precisam acontecer simultaneamente, pois estão correlacionados entre si. De maneira prática, a partir dessas observações, falaremos da fé, olhando para um dos grandes personagens da Bíblia. Falaremos sobre Jó e traremos algumas observações a partir de suas experiencias com Deus.
Jó pratica sua fé tanto no sentido de sacrificar ofertas, como no ato de confiar. Jó vive a fé nos três tempos:
- No passado: ao crer no que os seus antepassados falaram e ensinaram acerca de Deus;
- No presente: sua vida era um testemunho de fé, não só pelas conquistas, mas por todas as experiencias que ele tinha com Deus;
- No futuro: pelas declarações que ele faz, acreditando na intervenção divina;
Além disso, percebemos que Jó, traz consigo os aspectos da fé religiosa:
- Fé emocional: a bíblia evidencia que a confiança que Jó tinha em Deus (Jó 1.20-22);
- Fé intelectual: os fatos que sucederam o capitulo 1, mostra um homem com a fé inabalável. Mesmo com as duras perdas que ele sofreu, sua confiança em Deus, continua imutável (Jó 14.7-9)
- Fé volitiva: os acontecimentos e diálogos relatados no livro de Jó, evidencia um homem, que mesmo diante de fatos obscuros e incertos, opta por manter-se integro, obedecendo a vontade de Deus (Jó 1.21-22);
- Fé salvadora: nesse aspecto a bíblia evidencia um Jó que independente de qualquer coisa, assume no seu íntimo que Deus o salvará (Jó 19.25-27);
Concluímos aqui a primeira parte das três. Percebemos que não é somente a fé sacrificadora que produz respostas divinas, a fé no sentido de confiança, de crença, também e dadas as circunstâncias do exemplo de Jó, até mais, atrai o coração e a compaixão de Deus. Haja vista que depois de tudo que este homem viveu e das acusações que sofreu, vivenciou experiencias, até então não vividas, mesmo com os sacrifícios já realizados.
Na próxima semana, seguiremos falando sobre a esperança. Então até lá!
Bibliografia:
Joiner, Eduardo. Manual Prático de Teologia. 1° Edição. Rio de Janeiro: Editora Central Gospel, 02/2015
K. Tacelli, Ronald. Manual de Defesa da Fé: Apologética Cristã - 1° Edição. Editora Central Gospel, 02/2015