Pilares da Vida Cristã - Parte II
Fé, Esperança e Amor
Texto: 1 Coríntios 13.13
A segunda virtude é a Esperança. Trata-se da segunda virtude que devemos ter de maneira constante e imutável em nossa vida. De maneira geral esperança denota um sentimento que uma pessoa tem ao acreditar que algo que deseja será possível de alcançar. A maioria das pessoas entende a esperança como sendo uma grande probabilidade ou um desejo, porém, ainda contendo uma certa dose de insegurança. Por exemplo, se um torcedor dissesse: “Creio que meu time será campeão nacional”, significa dizer: “Não posso afirmar com certeza, mas desejo que seja campeão”. Em condições meteorológicas duvidosas, quem sai para caminhar em uma trilha deseja que o tempo permaneça firme, isto é, acredita que haja sol no dia seguinte. No entanto, não sabe se de fato será assim.
Além disso a esperança está relacionado a expectativa e traz consigo a conjugação de um importante verbo, característico dela: esperar. Esperar por dias melhores, ter expectativa de que coisas boas acontecerão. Assim como a Fé e o Amor (Caridade), a Esperança faz parte das 3 virtudes teologais, isso quer dizer que o ser humano, não as adquire por esforço próprio, mas por intermédio da Graça de Cristo Jesus.
Perceba que quem tem esperança, espera algo e esse algo não é necessariamente algo bom. Para os gregos, o termo esperança, na linguagem clássica elpis, designava a atitude de quem espera ou aguarda qualquer acontecimento, alegre ou triste, feliz ou infeliz. Além disso para alguns filósofos, a esperança é reconhecida como estrutura fundamental da existência humana. Sempre que temos expectativas, criamos motivações para suportar determinados momentos, conjecturando que viveremos momentos diferentes dos quais estamos vivendo, sempre esperamos um futuro pleno e feliz. Essa busca permite com que continuemos existindo, como diz o ditado popular “enquanto houver vida a esperança”, sempre esperamos um bom tempo em nossas vidas.
Diversas são as passagens bíblicas, onde esperança e fé estão desconexa. Quando Israel é libertado da escravidão no Egito percebemos que as pessoas tinham a expectativa (esperança), de entrar na terra prometida, mas a confiança (fé) não refletia esse desejo. As dificuldades enfrentadas por essas pessoas, fez com que a confiança (fé) fosse pouco a pouco se perdendo, ainda que existisse o desejo de entrar na terra que emana leite e mel. Mas alguns ainda confiavam que sua expectativa não seria frustrada.
Outro exemplo é a clássica batalha entre Davi e Golias, para muitos israelitas Davi perderia a batalha em minutos, a expectativa (esperança) era a pior possível, assim também estava a confiança (fé) daquele exército. Mas a confiança de Davi, permitiu que sua expectativa surpreendesse a todos.
Com isso podemos perceber que Fé e esperança não se completam, mas quando ambas se complementam, os resultados alcançados são os melhores possíveis. Veja no exemplo de Neemias, Davi, Salomão, Ester, Rute, os discípulos, apóstolos e tantos outros, que caminharam confiantes e tendo a certeza de que Deus faria coisas possíveis e impossíveis em suas vidas e ministérios.
Esperança é expectativa, Fé é certeza e com isso temos um complemente perfeito. A esperança tem a fé por motivação, ou seja, minha expectativa é fortalecida pela certeza da provisão de Deus em todos os momentos (Romanos 5.1-5).
Esperança é esperar, fé é confiar e isso nos mostra que ambas necessitam de ação (Romanos 8.18-24).
Concluo essa segunda parte enfatizando que apesar de virtudes independentes, juntas tem o poder de mudar a vida de qualquer pessoa.
Fontes de pesquisa:
https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/11197/11197_3.PDF
https://www.chamada.com.br/mensagens/fe_esperanca.html